Num campo nas cercanias de Preston (Inglaterra). Setembro de
1922.
“Neste lugar, existem alguns gnomos que se encontram num
estágio inferior de desenvolvimento em relação aos gnomos das árvores. Seu
tamanho é menor, variando sua altura de uns dez a quinze (10 a 15) centímetros.
Distinguem-se dos gnomos das árvores pelo fato de não serem solitários, vivendo
e se divertindo em grupos; seus jogos e trejeitos são extremamente estranhos.
Trata-se de pequeninas criaturas, de colorido vistoso e matizes muito mais
fortes e brilhantes do que os apresentados pelos duendes. O grupo que observo
está dançando em semicírculo e todos se dão as mãos, balançando de um lado para
outro; suas pernas não são retas, arqueando-se para fora à altura dos joelhos.
Seus braços são muito longos, ligeiramente de malícia e infantilidade, e seus
olhos escuros e redondos brilham com singular expressão, como se
experimentassem um êxtase interior. Suas asas, talhadas como as do morcego,
desdobram-se lateralmente às costas e possuem uma cor mais escura que a dos
corpos, sendo feitas de uma substância macia e peluda, de textura extremamente
fina.
Aparentemente, o seu contato recíproco, seus movimentos
oscilantes, muito embora desprovidos de finalidade no plano físico, produzem
uma sensação astral bastante agradável.
Como pude constatar, parecem ter o
efeito de excitar e estimular o corpo astral, que não passa de uma nuvem de
matéria informe, de tamanho duas vezes maior do que o corpo físico. Sem dúvida,
impõem também sobre eles um tipo especial de força vibratória.
Em estado de repouso ou semi-repouso, o corpo astral é uma nuvem de matéria um tanto
quando informe, de um colorido quase imperceptível, tal qual um halo lunar.
Podem-se observar também alguns tons róseos e avermelhados, ou então um amarelo
brilhante, semelhante ao da folhagem outonal, além de marrons mais próximos do
vermelho.
Quando estimulados pela dança, as vibrações se iniciam a partir do
centro do corpo astral (aproximadamente no plexo solar), energizando todo o
corpo, enquanto o envolvem ondas e ondulações. As cores, então, tornam-se mais
intensas, a aura se amplia e assim o gnomo experimenta, até o máximo de sua
capacidade, os efeitos produzidos dessa maneira.
Subitamente, o movimento do grupo se modifica, embora se
mantenha a formação original em semicírculo. Agora, dançam para a frente e para
trás, erguendo as pernas para o alto, dobrando-as no ar e tornando a pousar os
pés no chão, em poses de uma comicidade fantástica. Parecem ter consciência
apenas da luz solar que brilha e do estado vital da atmosfera.
Esses gnomos em nada lembram a rapidez flamejante dos
duendes ou mesmo dos elfos da floresta. Seus movimentos são esquisitos, tensos
e solenes. Todavia, como todas as criaturas astrais e etéricas, eles possuem a
faculdade de se deslocar rapidamente através do espaço.”
Fonte: Livro O Reino dos Devas e dos Espíritos da Natureza –
Geoffrey Hodson. Editora Pensamento. Tradução: Hugo Mader.
Bênçãos!
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