Num simples planeta, como a nossa Terra, os Arcanjos e anjos
Solares são representados por Deuses planetários correspondentes. Além destas Inteligências
criadoras maiores, há anjos presidindo divisões e áreas da superfície da Terra.
São denominados Anjos de Paisagens, e estão parcialmente ligados aos processos
criativos evolucionários dos reinos da Natureza, mineral e vegetal. Uma montanha
é um corpo, um organismo vivo, evolucionante, como certamente o é toda a Terra,
na qual estão encarnados os Três Aspectos do Logos. Pelo menos, três processos
ocorrem dentro e em torno de cada montanha: a criação e evolução, pela ação do
Pensamento-Vontade Divinos de átomos, moléculas e cristais de que a montanha se
forma, a vivificação da substância e forma pela subjacente Vida Divina, e o
despertamento e desenvolvimento da consciência mineral encarnada. Em cada um
destes processos a Natureza é assistida por hostes de espíritos da Natureza e de
Deuses, trabalhando sob a direção de um Oficial responsável, que é o Deus da montanha
(um Deva altamente evoluído). Quando um pico é parte de uma cordilheira, toda esta,
por sua vez, será presidida por um Ser de bem maior evolução, da mesma Ordem
que a dos Deuses dos picos isolados.
A aparência destes Seres é a mais magnificente, como se
mostra nas ilustrações da Parte V deste livro (próxima postagem da semana com as imagens,
posteriormente deixarei Aqui o link), muito aquém da realidade, apesar da
perícia da artista. De enorme altura, frequentemente atingindo de 9 a 18
metros, o Deus da montanha é circundado de todos os lados por precipitantes
forças áuricas, brilhantemente coloridas. Estas fluem da forma central, em
ondas, redemoinhos e vórtices, variando continuamente de cor, em resposta às
mudanças de consciência e atividade. O rosto é, em geral, mais claramente
visível que o resto da forma, que não raro é velada pelas energias fluentes. As
feições são sempre vigorosas, e contudo lindamente modeladas. A testa é ampla,
os olhos afastados e fulgurantes de força e luz. Enquanto no homem os chakras
do coração e do plexo solar são distintos, nos Deuses da montanha e em outros
são algumas vezes conjugados, para formar um brilhante centro de força frequentemente
em cor de ouro, do qual nascem e fluem muitas das correntes de força. Ocasiões
há em que estas correntes tomam a forma de grandes asas estendidas por centenas
de jardas de ambos os lados da majestosa figura.
Ainda que tais Deuses vivam intensamente suas próprias vidas
entre seus pares, nos superiores mundos super-físicos, parte de sua atenção
está quase continuamente voltada para a montanha embaixo, para o interior da
consciência e vida adormecidas, às quais enviam continuamente correntes de
força estimulantes e vivificadoras. Ocasionalmente, a fim de executar mais
rápida e eficazmente suas funções vivificadoras, um Deus descerá profundamente
até o duplo mental-astral da montanha, suas potentes energias unificadas com as
forças criadoras de que a substância e a forma da montanha são produtos, sua
vida fundida com a Vida subjacente e sua consciência una com a Mente Divina
encarnada. Depois de algum tempo ele reaparece e reassume sua alta posição, no
alto do pico.
Como foi dito acima, os Devas de picos isolados estão
subordinados a um Deus ainda mais elevado, o qual, embora maior e mais
brilhante, parece-se com seus subordinados e executa funções similares para toda
a cordilheira e paisagens adjacentes. Tais grandes Deuses da Natureza não estão
usualmente interessados no homem, nem tampouco demonstram conhecimento da vida
humana e de suas maneiras de pensar. Intensamente concentrados em suas tarefas,
eles são em geral remotos e impassíveis, tanto quanto os picos nevados. Alguns
deles, entretanto, parecem ter tido contato com os homens em civilizações
primitivas e ter conservado interesse pela evolução humana, e desejam, ocasionalmente,
inspirar e aconselhar indivíduos e grupos humanos responsivos às suas
influências.
(Na minha singela opinião, a animação MOANA representa essa classe
de Devas altamente evoluídos que parecem ter tido contato com civilizações
humanas, com certeza é uma animação inspirada nas altas esferas e na vida
incrível que este pequeno planeta sustenta).
MENSAGENS DAS ALTURAS
Entre os numerosos Deuses de montanha observados nas
Montanhas da Sena Nevada, na Califórnia, os dois presentemente descritos
mostraram interesse e conhecimento do homem. Acerca do primeiro destes Deuses,
escrevi ao tempo da observação:
A grande esfera de sua aura externa resplandece branca como
campos de neve à luz do sol, que ele atravessa majestosamente. Dentro da branca
radiação e parcialmente velado por ela, brilha o verde profundo dos ciprestes,
e também dentro destes, a dourada glória do sol meridiano. Então, cintila uma
luz rosada, da mais delicada cor, seguida de azul celeste e por último da toda
branca, radiante e divinal forma.
O rosto ostenta robustez, maxilar retangular e enérgico. Os
"cabelos" assemelham-se a chamas adejantes e tremulantes, e no ar, em
cima, uma coroa de radiantes energias impelidas para o alto, brilha com as
cintilantemente coloridas jóias de seus pensamentos.
Uma tentativa para descobrir algo do conteúdo de sua
consciência, e mais particularmente de seu ponto de vista relativo aos Deuses,
à Natureza visível e à relação ideal do homem para com ela, deu-me a impressão
da exposição de princípios sucessivos, cada um seguido de uma profunda pausa,
em que a ideia é repisada e assimilada. O Deva parecia "dizer":
"O globo é um ser vivo, com poder, vida e consciência
encarnados. A Terra respira. Seu coração bate. É o corpo de um Deus que é o
Espírito da Terra. Os rios são como seus nervos, os oceanos grandes centros
nervosos. As montanhas são as estruturas mais densas do gigante, cuja forma é o
campo evolucionário do homem, e cuja vida interna e energias potentes são a
moradia permanente dos Deuses”.
"O contato do homem moderno com a natureza é quase que
exclusivamente através da ação e de seus sentidos exteriores. Pouquíssimos, dentre
seus devotos humanos, se assemelham a ela em placidez, com os sentidos externos
quietos e o interno desperto. Poucos são, pois, os que descobrem a Deusa atrás
de seu véu terreno”.
"Há um valor na vida ativa, um poder e beleza no garbo
externo da Natureza. Um poder muito maior e uma beleza muito mais profunda
jazem sob seu véu, que só pode ser descerrado pela silenciosa contemplação de
sua vida oculta”.
"O coração da Natureza, a não ser sua pulsação rítmica,
permanece em silêncio. O devoto no santuário da Natureza deve aproximar-se de
seu altar reverentemente e com mente tranquila, se deseja perceber o pulsar de
seu coração e conhecer o poder dentro da forma”.
"Existe a entrada para seu templo, e há de ser
encontrada em cada forma natural. A contemplação de uma simples flor pode levar
o buscador a ingressar. Uma planta exibindo a simetria da Natureza, uma árvore,
uma cadeia de montanhas, um pico isolado, uma correnteza de rio, uma cascata
atraente, cada um e todos eles propiciarão à alma contemplativa do homem, uma
entrada no reino do Real, onde mora o Eu da Natureza”.
"É na contemplação das formas exteriores da Natureza
que se deve aproximar da entrada do seu templo. Auto-identificação com a sua
Vida interior, profunda resposta à sua beleza exterior ou interior - eis os
meios para ingressar no seu recôndito santuário”.
"Dentro, aguardam os Altos Deuses, os Seres atemporais,
os perpétuos Sacerdotes, que oficiam durante todo o Dia criador dentro do
templo, que é o mundo natural”.
"Poucos, demasiado poucos, encontram a entrada, depois
que a Grécia se tornou uma ruína e Roma caiu em decadência. Os gregos da
antiguidade viveram na simplicidade. As complexidades ainda não tinham
aparecido. O caráter humano era reto, a vida humana simples, e as mentes humanas,
se um tanto primitivas, eram sintonizadas com a Alma universal”.
"A roda gira. Os dias áureos retornam. A Natureza apela
novamente para o homem que, se ouve, empenha-se em responder. O homem atravessou
o ciclo de trevas, que se seguiu à queda de Roma. Contudo, envolvido em
crescentes complexidades, ele perdeu o seu contato com a vida interna da Natureza.
Para recuperá-lo, tem que pôr de lado tudo o que embote os sentidos, tudo o que
é grosseiro, tudo o que é impuro e toda a indulgência. Deve aproximar-se do
divino coração da Vida em silenciosa contemplação e com inteira sinceridade; só
assim se pode encontrar esse coração."
Um segundo Deus da montanha, cuja figura aparece na Lâmina
15 (próxima postagem), foi assim descrito na ocasião:
Ali chegou das alturas um grande Anjo branco, cintilante
como a luz do sol sobre a neve. Em todos os lados sua esvoaçante aura rutila
com brilhantes matizes de rosa pálido, azul pálido, e delicados verdes e
púrpura, ordenadas em faixas sucessivas desde o centro da forma até o final da
aura. De sua cabeça se ergue e alarga uma ígnea força branca, e da traseira da
forma emanam ondas de energia sugerindo asas áuricas.
O rosto é forte, viril, masculino. A testa é larga, os olhos
afastados e coruscantes de poder. Os "cabelos" são formados de cintilações
de chama, semelhantes a força ígnea alçando-se acima da cabeça. O nariz e o
queixo são delicados mas fortemente modelados, os lábios cheios, todo o rosto
impregnado de majestade e força da cordilheira. A forma em si é velada por correntes
de fluente energia branca. A intervalos, por toda a forma e extravasante
energia, reluz radiância branca, de brilho ofuscante com revérberos dos raios
solares na neve.
Ele atende a meu apelo por luz, "falando" como se
em um baixo*, profundo e ressonante, vibrante como se fosse a potência da
própria Terra:
"Os Deuses esperam a reunião consciente da mente do
homem com a Mente Universal. A humanidade acorda lentamente. Cegados pela
matéria, através dos séculos, poucos homens perceberam até agora a Mente dentro
da substância, a Vida dentro da forma.
"Em busca de poder e riquezas os homens têm percorrido
toda Terra, penetrado as florestas, escalado os picos e conquistado os desertos
polares. Deixemo-lo, agora, buscar dentro da forma, escalar as alturas de sua
própria consciência, penetrar suas profundidades, em busca daquela Força e Vida
interiores, únicas pelas quais ele pode tornar-se forte em Vontade e
espiritualmente enriquecido”.
"Aquele que assim abre sua vida e mente à Vida e Mente
Universais, subjacentes em todas as coisas, entrará em união com elas, e a esse
os Deuses aparecerão”.
"Que ele deliberada e resolutamente assim medite: “Poder universal”, “Vida subjacente”, “Mente
onipenetrante”, “Eu sou uno
Contigo."
"Deuses do Poder, Vida e Mente”, “Eu vos saúdo”.
“No Eu do Universo somos unos”.
“Eu sou esse Eu, esse Eu sou eu."
*Nota do Canal/Autor: Conquanto essas comunicações sejam
puramente mentais, palavras e mesmo uma impressão de timbre vocal são algumas
vezes transmitidas ao cérebro.
Confira Aqui as pinturas dos Deuses de Montanhas.
Confira Aqui as pinturas dos Deuses de Montanhas.
Fonte: Livro O Reino dos Deuses – Geoffrey Hodson. EDITORA
PENSAMENTO - São Paulo.
Título do original inglês: The Kingdom of the Gods -
Theosophical Publishing House, Adyar, Madras 6000 20, Índia.
Imagens: Gilbert Williams - Visionary Art
Imagens: Gilbert Williams - Visionary Art
Namastê!
Maravilhoso!
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