A hierarquia natural dos devas é tão variada e ampla como a
hierarquia da evolução do fluxo atômico. Ela abrange desde a essência
indiferenciada da matéria densa aos gloriosos arcanjos cósmicos. Através dos
tempos a experiência conduziu a consciência dévica pela corrente da vida e de
estados de ser cada vez mais sofisticados. Nesta seção descreveremos brevemente as principais e algumas características
distintas dessas correntes.
Dentro de qualquer campo da matéria ou qualquer campo de
energia – por exemplo, pedra, água ou fogo – existem seres dévicos que são
conscientes da maneira da qual essas formas elementais deverão se desenvolver e
ser padronizadas. Existem também, é claro, elementais e essência dévica que
constroem formas em outros campos de energia, como emoções e pensamentos.
Estes estão além do âmbito desse livro, mas são descritos no
livro Tratado do Fogo Cósmico (por Alice
Bailey, 1970). Esses seres são familiares como as salamandras, ondinas, sílfides,
etc e evoluíram da essência indiferenciada na qual tinham antes uma consciência
totalmente difusa.
Através dos tempos e experiências, desenvolveram um foco de
consciência e tornaram-se elementalmente perceptivos da forma ao seu cuidado.
Esses pequenos seres têm também parentes mais velhos que realizam trabalhos
similares, mas numa escala bem maior. Existem, por exemplo, grandes devas da
terra que mantém uma consciência da mudança de minerais e pedras sobre muitos
quilômetros quadrados. Há outros grandes devas da terra que cuidam do sub solo,
das camadas minerais e outras características da crosta terrestre.
Esses seres foram algumas vezes interpretados em folclores
como dragões e grandes serpentes. Há grandes devas do ar que se preocupam com a
atmosfera e o grande movimento do tempo. Esses seres têm sido imaginados com
grandes rostos inflados soprando o vento, vendavais e furacões, e como seres
cuja tensão é relaxada em trovões e raios.
Os pequenos elementais não evoluem diretamente para esses
grandes seres, mas passam através de estágios e graus de responsabilidade que
lhes dão cada vez mais maior experiência, sofisticação e foco.
Temos então uma grande gama de devas que cuidam da vida das
plantas, e da paisagem; esses evoluíram dos elementais da terra cujo ambiente era
principalmente associado ao crescimento das plantas. Essa gama de devas varia
de pequeninas fadas aos grandes anjos que se preocupam com a ecologia de
completas regiões geográficas. As fadas e os duendes que cuidam de plantas
individuais evoluem até ficarem associados com árvores individuais.
Cuidando de um carvalho ou um grande pinheiro por vários séculos,
dá a um deva uma experiência imensa da ecologia que circunda essa árvore. Esse
deva da árvore pode então passar a responsabilizar-se por algum matagal ou
bosque em particular, onde ele mantém o foco e a percepção do padrão ecológico
perfeito para aquela área específica.
Qualquer paisagismo, trabalho agrícola ou construção
realizada pelo ser humano, deveria ser feita de maneira ideal, em harmonia com
a visão e o conhecimento do deva ou anjo da paisagem local. Entretanto, se os
trabalhadores humanos agem conscientemente ou não em cooperação com os devas da
paisagem, nessas situações os devas começam a se habituar com os seres humanos,
e sua evolução seguinte pode ser intimamente entrelaçada com a existência
humana.
Da mesma forma, certos devas podem tornar-se muito
envolvidos com a vida animal e na sua próxima evolução seguir a corrente dos
faunos e de seres associados a Pan.
Alguns dos devas das plantas podem permanecer trabalhando
com a mesma espécie com as quais começaram e tornar-se responsáveis pela
evolução de todo o gênero. Outros, naturalmente, podem evoluir do cuidado da
paisagem na geografia tri-dimensional para tomar conta de energias mais sutis
no espaço interno multidimensional.
Mais cedo ou mais
tarde, devido ao lugar chave da humanidade no esquema da hierarquia natural do
planeta Terra, todos os devas passam por um estágio num ou outro nível, no qual
seu foco principal de trabalho é associado com a corrente da evolução humana.
O que deve estar claro agora é que um deva individual, como
um indivíduo, tem sua própria e única estória, e experiência que lhe dá sua
área de especialidade. Um ser humano, por exemplo, pode ter uma estória na
encarnação cuja tendência para o serviço seja ensinar ou cuidar fisicamente dos
outros. Outro ser humano pode ter uma estória de encarnação de ação ou de
trabalho nas ciências.
Da mesma forma um deva tem seu próprio passado que o levou a
esse foco específico. Devido à natureza da consciência e existência dévica,
como os devas evoluem de uma forma de vida à outra, eles não perdem a
consciência e “morrem” como os homens. Eles se movem suavemente sem interrupção
na sua contínua percepção.
O livreto segue agora descrevendo em detalhes as atividades
e trabalhos de certos tipos de devas e como o ser humano pode cooperar com
eles. (Aguardar futuras postagens).
Fonte: Livro
com título original: Devas, Fairies and Angels - A modern approach.
Em português: Devas,
Fadas e Anjos – Uma abordagem moderna – William Bloom. Editora SHAKTI.
Direitos adquiridos para língua portuguesa no Brasil pelo
GRUPO 4.
Bênçãos e Luz!
Namastê!
Nenhum comentário:
Postar um comentário