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22 de abril de 2017

FADAS SUÍÇAS E SEU TRABALHO NAS FLORES SELVAGENS



Grand Salève, perto de Genebra


5 de junho de 1925


Aqui há um tipo de fadas que parece não ter a forma humana usual, mas que, embora possa ser capaz de produzir uma, aparentemente não o faz, contentando-se com uma face e uma cabeça. Ao mesmo tempo, a aura é muito mais densa onde a forma deveria existir, e a atividade ali é muito maior e diferente daquela no resto da aura; esta mostra uma contínua série de mudanças cromáticas, sugerindo uma roda girando rapidamente com faixas de cor levemente curvadas do centro para a circunferência, cruzando-se à medida que giram. Cada faixa parece ter várias cores diferentes, e ter um movimento próprio além do movimento circular geral. O movimento das faixas é um pouco parecido ao abrir e fechar de tesouras, e dá a impressão de um contínuo fluxo de cor para dentro e para fora do centro. Todas as cores do espectro estão presentes em seus tons mais suaves, e a todo momento são produzidas muitas combinações maravilhosas; esta atividade não é somente bidimensional, mas tem um efeito de pelo menos três dimensões.

Uma fada em particular que estou observando é uma criatura fascinante e charmosa; mais ainda, de modo algum ela é avessa seja à nossa companhia seja ao meu escrutínio. A face semelhante à de uma jovem camponesa muito formosa, e está continuamente entretida em sorrir do modo mais cativante. Há grande número destas fadas nas colinas, todas muito parecidas em aspecto, embora variando um pouco em expressão e na cor do cabelo. A variedade de cabelo bem escuro parece ser mais séria, e algumas delas têm uma expressão bastante imperiosa. A compleição é branca, só com um pouco de cor.



Embora possam subir alto no céu, elas permanecem na maior parte do tempo logo acima do topo das gramíneas longas, ocasionalmente descendo para uma touceira de flores selvagens. Quando o fazem, a forma de fada desaparece, e a aura se expande para incluir a planta, ou touceira, conforme o caso. De certa forma pode-se dizer que elas velam pelas plantas que cuidam, embora também as animem, de modo que elas são duplamente animadas - primeiro pela sua própria vida evoluindo, e segundo pela consciência de longe mais vívida da fada. Enquanto sua aura está assim tão expandida, percebem-se nela certos movimentos rítmicos que sugerem uma respiração. Em alguns casos a aura se estende consideravelmente além da periferia da touceira e então se contrai para um tamanho menor com um ritmo amplo e lento, mas em outros parece ser quase um frêmito, relembrando a rápida movimentação das asas de uma borboleta. Tentando tocar sua consciência enquanto ela fazia aquilo, percebo que sua ideia parece ser aproximar-se do centro da vida formadora da planta. A fada experimenta grande prazer fazendo isto, e tem a sensação de ter derramado algo de sua própria natureza e vitalidade nas flores. Quando termina ela eleva-se no ar e paira em um estado de quietude e semi repouso, enquanto sua vitalidade é renovada.

A esta altura consegui entrar mais satisfatoriamente em seu mundo. O ar contém enorme número delas, e indivíduos descem e desempenham as atividades que descrevi, enquanto outros são vistos subindo depois de as terem completado. A altura média a que sobem no ar deve ser algo em torno de 5 a 6,5 metros, embora algumas voem para muito mais alto; nos níveis mais altos há um movimento mais lateral; provavelmente nesta altitude, digamos de 350 metros, é que elas viajam. O panorama é indescritivelmente belo, e sua atmosfera é encantadora. Não consigo ver se elas têm outra ocupação qualquer além destas descritas. Sem dúvida elas estão muito ocupadas neste período do ano. Aquela que descrevi primeiro, ainda está perto de nós e, numa inspeção mais minuciosa, percebo levíssimas sugestões de braços, mas não de corpo, pernas ou asas. A porção densa da aura provavelmente tem cerca de 2,2 metros de altura.


Fonte: Livro O Reino Das Fadas – Geoffrey Hodson - Primeira Edição em 1927 - The Theosophical Publishing House - (Londres).


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O breve relato acima sobre as Fadas Suíças e seu maravilhoso trabalho com as flores selvagens reúne características comuns na maioria da Fadas existentes em Gaia, havendo variações de níveis de consciência, tamanho, formas, cores, o reino dévico é extremamente amplo, o trabalho descrito acima é um exemplo das atividades desempenhadas pelas Fadas que estão em profundo contato com a Natureza, auxiliando sempre que possível, é uma imensa alegria para elas, o prazer de servir é gratificante e está sempre presente.

Bênçãos e Luz!
Namastê!


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