Os devas das plantas, são conhecidos como duendes, fadas, e
assim por diante. Essas criaturas vórtices de energia dançante possuem a
percepção da matriz de como uma determinada planta pode desenvolver com
perfeição.
Esse não é um mapa estático, mas assemelha-se mais à uma
peça contínua de música improvisada. A estrutura física verdadeira é
subordinada à nota de beleza e à qualidade da realização para a planta. O deva
sabe exatamente como a planta perfeita pode ser. As mudanças elaboradas pela
interferência do tempo, de outras plantas, das condições do solo, de animais e
pessoas, são todos dados para a forma geral, na qual os devas se ajustam
fluidicamente – sempre mantendo com clareza o sentido da realização perfeita da
planta.
Portanto, independente da interferência externa, a planta em
si ainda está envolvida na matriz ideal, na qual pode crescer e que é mantida
pelo deva.
A escala de percepção e atividade dos devas, que fazem esse
tipo de trabalho é enorme. Há minúsculos devas em treinamento cujo foco é
somente o de colocar pétalas nas margaridas. Há a fada que modela uma tulipa.
Ou um duende que cuida de uma roseira completa. Com o tempo a experiência e
percepção dessas criaturas expande-se para abranger formas de plantas mais
complexas e maiores: uma plantação, um pequeno bosque, uma floresta e assim por
diante.
À medida que evoluem e sua experiência aumenta, sua
consciência e conhecimento se expandem para incluir outros fatores cruciais da
paisagem em termos de relacionamento ecológico total, entre clima, solo,
plantas, animais e humanos.
O que esses devas têm – e é uma característica de toda vida
dévica – é uma percepção natural da harmonia e proporção cósmica que consegue
acomodar todos os acontecimentos e eventos. Esta percepção funciona não só na
terceira dimensão espacial, mas também nas dimensões do tempo, cores e na
consciência transcendente.
Em todo seu trabalho ele mantém um conhecimento do padrão
perfeito, e no processo perfeito que sabe toda a história do passado e do
potencial, num agora transcendente. A verdadeira planta física ou paisagem,
entretanto, é limitada e deve passar pelo tempo
para crescer e através do padrão e processo, já sabido pelo deva em seu
conhecimento transcendente.
Se aceitarmos que, a percepção e o conhecimento dévico, têm
o alcance de como uma planta ou ecologia podem se desenvolver perfeitamente,
então o jardineiro pode tentar trabalhar com essa mesma percepção.
Isso não quer dizer, entretanto, que o jardineiro ou o
paisagista se renda passivamente ao que está acontecendo, pois assim estariam
simplesmente meditando e não realmente ajardinando – então o jardim torna-se
selvagem, o que pode ser bom também às vezes. O jardineiro ativo, trabalha para
um propósito criativo em termos de plantação, de beleza, ou de jogar
artisticamente com a ecologia.
Para o jardineiro ativo, as decisões devem ser tomadas sobre
o posicionamento, condições do solo, poda e ervas daninhas. Cada decisão deve
ser tomada depois de alguns segundos de sintonia com o trabalho: “Olá devas do
jardim, vou trabalhar aqui e minha intenção é fazê-lo com Amor e harmonia –
ajudado pela sua percepção. Estou aberto às suas impressões. Obrigado pela
ajuda e pela companhia”. Tome então sua decisão.
Você pode sentir uma sensação de censura das fadas do
jardim; nesse caso tem que decidir como proceder. Conheço alguns jardineiros
sensitivos, que se sentiram incapazes de prosseguir por causa de contínua
percepção da desaprovação dévica, quando na realidade, as fadas e os duendes,
haviam adotado a característica humana de desaprovação para se divertirem.
Algumas fadas ficaram perplexas pela inércia do jardineiro, outras gargalhavam
incontrolavelmente.
Quando trabalhando com os devas, mais cedo ou mais tarde você
terá que tomar uma decisão. Os seres humanos aprendem pela experiência, o que é
ótimo e não deve ser fonte de ansiedade. Os devas também aprendem pela
experiência e de forma específica a criatividade e a possibilidade de
alternativas, em seu co-trabalho com os humanos.
Além das fadas e duendes locais, existem outros devas mais
sofisticados, que estão associados a uma determinada espécie de planta. O
jardineiro ou o horticultor que está trabalhando com um novo tipo de planta,
pode telepaticamente pedir a ajuda do anjo cuja função é cuidar dela
especificamente, e o jardineiro trabalhará então dentro da aura desse anjo e em
ressonância com o arquétipo da planta.
Segurando a planta com a qual você vai trabalhar, feche os
olhos e diga: “Sou Um com essa rosa e através dela estou em ligação e
comunicação com o anjo das rosas. No Amor e na harmonia, eu desejo trabalhar
com você. Peço gentilmente a sua ajuda. Reconheço e aceito sua presença e
agradeço”.
Da mesma forma, fazendo paisagismo, pesquise a área onde
pretende trabalhar, feche os olhos e diga: “Sou um com essa paisagem, e através
dela estou ligado e em comunicação com os anjos da paisagem e da ecologia; peço
que estejam comigo pois trabalho com Amor. Reconheço e aceito sua presença e
agradeço”.
As palavras usadas nessas falas, e nas outras do livreto,
são sugestivas e podem ser alteradas e construídas segundo o critério de cada
pessoa. Esse tipo de cooperação permite ao ser humano não só trabalhar
sintonizado à percepção dévica, mas permite, também, ao deva local específico
tornar-se ciente do que o jardineiro tem em mente.
Se a ideia do jardineiro ou do paisagista é ressonante com a
harmonia divina, então o deva facilitará seu acabamento mantendo uma clara
visão energética, de como deverá ser. Isso quer dizer que o deva alterará a
matriz ou arquétipo para permitir à ideia humana se realizar e o deva manterá
esta nova matriz sobre a planta ou área onde está se realizando o trabalho.
Isso pode ser de excepcional ajuda, por exemplo, na poda, ou
na criação de um novo tipo ou estirpe de planta. Seguidamente o anjo da planta
ou da paisagem, pode estar cooperando com várias pessoas que, desconhecidas
entre si, estão trabalhando em projetos similares. O anjo pode sintetizar o
melhor de seus recursos individuais para produzir uma só matriz que inspire a
todos; dessa maneira várias pessoas podem simultaneamente produzir uma nova
espécie de planta do mesmo tipo.
Essa sincronicidade acontece em qualquer área de pesquisa
que envolva cooperação angélica; coincidência de invenções, um fenômeno bem
conhecido em todos os campos de inovações e não simplesmente devido à ligação
telepática.
É também necessário nesta seção mencionar os anjos que
cuidam e trabalham nos centros magnéticos e pontos de energia através da face
da Terra. Nesses lugares os anjos mais evoluídos da paisagem trabalham
harmonizando e ressoando as energias que são atraídas para baixo e irradiadas
dos centros. A cooperação com esses anjos é feita em rituais sagrados e
sintonia silenciosa.
Em determinadas épocas do ano – nos solstícios, equinócios,
e festivais de fogo Céltico – a maior forma de cooperação com o devas das
plantas e os grandes anjos da ecologia é nas celebrações.
Esses devas e anjos têm um ritmo anual de despertar, de
atividade, intenso crescimento, relaxamento e depois silêncio, que era
conhecido pelos grandes festivais “pagãos” e de fogo.
Quando dançamos, comunicamo-nos com a natureza e a Terra, e
nas celebrações desses festivais, nós co-criamos numa alegre comunicação com a
vida dévica. A época desses festivais não é fixada rigidamente mas varia, é
claro, de acordo com cada região e com as diferentes condições ecológicas
locais.
Fonte: Livro
com título original: Devas, Fairies and Angels - A modern approach.
Em português: Devas,
Fadas e Anjos – Uma abordagem moderna – William Bloom. Editora SHAKTI.
Direitos adquiridos para língua portuguesa no Brasil pelo
GRUPO 4.
Bênçãos e Luz!
Namastê!
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